As crianças de Moçambique precisam de si
Em menos de dois anos, as crianças moçambicanas e as suas famílias enfrentaram desastres naturais, fome, pobreza extrema, conflitos armados (com relatos de assassinatos, mutilações, sequestros, violência sexual), surtos de cólera…
Ser criança em Moçambique significa ter uma infância roubada pelas várias situações de emergência que se têm abatido sobre as vidas das cerca de 12 milhões de crianças que vivem no país.
Moçambique está a braços com vários desafios humanitários complexos:
- Desde catástrofes naturais regulares (com tempestades e cheias mais a norte que coincidem com secas a sul)
- A consequente fome, destruição de infra-estruturas essenciais e a pobreza sistémica
- A violência decorrente do conflito em Cabo Delgado (com relatos de assassinatos, mutilações, sequestros e violência sexual contra civis, incluindo de crianças veio agravar a situação humanitária do país.)
- Além destas vulnerabilidades, o país enfrenta ainda uma grave escassez de profissionais de saúde (4,5 trabalhadores por 10.000 pessoas), que já se fazia sentir muito antes do início da pandemia de COVID-19.