A diminuição da vacinação infantil
Das 67 milhões de crianças que perderam a vacinação de rotina entre 2019 e 2022, 48 milhões nunca receberam uma única dose de vacina. As causas da não vacinação das crianças incluem a falta de serviços de imunização disponíveis, acessíveis e baratos, especialmente junto das comunidades mais marginalizadas.
A pandemia de COVID-19 exacerbou estes desafios e expôs fragilidades persistentes nos sistemas de saúde, com os níveis de vacinação a diminuir em mais de 100 países entre 2019 e 2021.
Além das interrupções de serviços e do desvio de recursos, há sinais de que a confiança nas vacinas infantis, na percepção pública, diminuiu. Em Portugal, a perceção da importância das vacinas para as crianças pré-COVID-19 era de 98,2% e pós-COVID-19 de 91,7%, uma diferença de 6,5%.
Milhares de crianças já morreram este ano de sarampo, poliomielite e outras doenças evitáveis.